Convidamos todos os alunos, professores e interessados para assistirem a defesa de Trabalho de Conclusão de Curso da aluna Adriane Lima Brito:
Título: "Um estudo sobre a intensidade e frequência dos eventos extremos de chuva na Amazônia"
Data: 29/NOV/2012 (quinta-feira)
Horário: 20:00 Hs
Local: sala D05 da Escola Superior de Tecnologia.
Resumo: Um dos objetivos principais do IPCC é saber se os eventos extremos se tornarão mais frequentes e intensos em um planeta mais quente devido às mudanças climáticas. Logo, é importante saber a frequência e a intensidade com que fenômenos meteorológicos vêm ocorrendo nos últimos anos. Como já foi descrito as mudanças nos eventos extremos, como por exemplo, a frequência de chuvas intensas e consequentemente de enchentes, podem ter graves consequências econômicas e sociais, assim como ecossistemas naturais também podem ser afetados por essas mudanças. Nesse contexto o presente trabalho propõe uma metodologia para a identificação e classificação de eventos extremos de chuva baseada na intensidade da precipitação. A partir desta é possível classificar e determinar a frequência dos eventos extremos de chuva em função da intensidade da precipitação. Baseado em 14 anos de dados do total acumulado de chuva diário para o trimestre de DJF, foi possível definir três classes distintas de eventos extremos: Eventos Extremos Tipo I, Eventos Extremos Tipo II e Eventos Extremos Tipo III. Ademais, os resultados mostram que apesar de existir uma variação espacial distinta para cada tipo de evento extremo de chuva, todos os três tipos apresentam máximos de chuva em quatro regiões preferenciais: oeste e sudeste do Estado do Amazonas e nordeste dos Estados do Pará e Amapá. Os resultados revelam que a frequência de um determinado tipo de evento é inversamente proporcional à sua intensidade média de chuva. Por exemplo, o evento extremo tipo I que apresentou uma frequência aproximadamente de 80 casos, produziu em média 50 mm de chuva, enquanto que o evento extremo de maior intensidade, Evento Extremo Tipo-III, produziu em média 100 mm de chuva em 20 casos observados no período. A contribuição de cada tipo de evento extremo para com a precipitação total é diferente, de forma que, a contribuição dos Eventos Extremos Tipo I e Eventos Extremos Tipo II na chuva total não apresentam distribuição espacial bem definina, diferentemente da contribuição dos Eventos Extremos Tipo III. Os valores integrados dos totais de chuva, da frequência e da contribuição na chuva total de cada tipo de evento extremo que ocorreu na Bacia Amazônica, possuem variabilidade temporal bastante parecida entre si. De forma que, quanto maior for o total de chuva produzido pelos eventos, maior será a sua contribuição na chuva total e maior é a sua frequência. Ao observamos o comportamento dos Eventos Extremos de Chuva em cada quadrante da Bacia, nota-se que isso só se aplica aos totais de chuva e à frequência dos Evento Extremo de Chuva. Dessa forma, os Eventos Extremos de Chuva têm um maior número de casos e produzem maior quantidade de chuvas no Quadrante 3.